Rio de Janeiro, 18 de junho de 2010.



Carlos,

Me dói ver que você já não se lembra de mim, das conversas que tivemos, do tempo que passamos juntos. Me dói ver que você já não se importa comigo, que agora tanto faz pra você. Que age com indiferença.
Tudo aconteceu tão rápido ou fui eu que perdi a dimensão do tempo? Talvez. Já não sei mais se valeu a pena tudo aquilo, se o tempo foi perdido.
É, a ignorância agora é a sua melhor amiga. Ela se apossa de ti, faz de você um escravo. E eu não posso com isso. Sim, talvez eu seja fraca. Não aguento você e seus momentos de incerteza, bipolaridade. Você me faz muito mal. É, talvez já seja hora de seguir em frente. Será muito difícil, reconheço que ainda te amo. Te amo como nunca amei ninguém e como ninguém jamais irá te amar. Mas se esse amor faz mal pra mim, estou disposta a esquecê-lo. Você já demonstra que não significo mais nada. Mas tenho certeza que um dia irá acordar e perceber que te faço falta. Como já disseram, não damos valor ao que temos até perdê-lo. E você me tinha, tinha o meu coração. Eu me doei, me dediquei cem por cento para te fazer feliz. E você sempre me pediu mais, sempre mais. Eu nunca quis nada em troca, só o teu carinho. Meu amor era cego, mas agora vejo que você não me merece, nunca mereceu. Agora, espero que não sofra o que eu estou sofrendo.
Devo agradecê-lo pelo tanto que me fez crescer, que me fez enxergar. Digo agora claramente que estou te deixando. Deixei a "minha" chave da casa no armário ao lado da cama, primeira gaveta. Estou indo atrás dos meus sonhos, dos que larguei por você. Fique bem.

Sem mais delongas,

Maria Clara.



Escrito por: Gabriela Medeiros

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