- inércia

Eu me sufoco sozinho, com um travesseiro de penas transparentes, dentro de um quadrado de vidro plastificado, invisivel. Me sufoco sozinho, com mãos palidas e pés desgastados de tanto caminhas em circulos. Nadando em livros, procurando entender o porquê de você ter me deixado aqui sózinho, sem proteção, sem seus cuidados que me eram tão importantes, cuidados que me deixavam tão bem. Sem a palma da sua mão quente e macia me abraçando na noite gelada, em que os galhos daquela arvore antiga batiam na janela e me assustava, não ligo mais, porque você me ensinou a não ter medo, aparentemente não tenho mais vontade de sentir. Me sufoco no vazio indescritivel, no vacuo da sua mente, no eco das suas palavrãs, no som propagado pelo estalo de seus dedos.
Estou preso nas correntes de barbante que você colocou sobre mim, durante aquele periodo em que eu era apaixonado, elas são tão inocentes, mas com uma força tão grande, ainda me pergunto o que passastes nelas. Vou caminhando em inércia.

Um comentário:

  1. amoor, tó amando cada vez mais o teu blog *-* parabéns!
    daqui a pouco tem selinhos pra vc lá no Just a Word.
    beijos:*
    http://barradichocolate.blogspot.com
    http://brilhaquebella.blogspot.com

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