exclusivo, inclusão.

Tempo, tempo, tempo, precioso pedaço de papel, escrevo em você minha jornada, amasso jogo fora, mas você não me larga. Maldito tempo, te vi passar varias vezes, enquanto estive sentado na cadeira de balanço, na varanda velha da minha casa, te vi caminhar sozinho por aquelas ruas desertas e sem vida, você tão triste e tão deprimente, comandando a vida de tanta gente. Tempo, gracioso tempo, te vi jogar bola com tantos garotos, te vi dançar com tantas garotas, te vi abraçar senhoras, te vi engordar crianças. Sarcástico você, não? Como consegue viver assim, sendo mau e bom, sendo agressivo e dócil, manipulador. Você consegue controlar a vida de toda essa gente preocupada, atrasada em correria, vivendo em agonia. Pratos quebrados e cachos desfeitos, cabelos ao vento de pessoas que vivem com pressa, arroz queimado, droga.
Amores desfeitos, laços rompidos, brigas solucionadas, tantas coisas, para alguém sozinho cuidar, tanta responsabilidade, seja digno de tal e não magoe pessoas; tristes despedidas são para fortes e não para todos. Tempo, tempo, tempo serás precioso, tempo?

renato teixeira

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